Num post via COLLCOLL, o autor Mark Dagget afirma:
“The digital divide is not specifically the separation between those who have technology and those who don’t. Instead, it is the gap that exists between those who understand the emerging metaphors of information use and those who don’t.”
Deixa-me a pensar em que nível de “infoexclusão” estarão os portugueses!?… uma vez que o problema, segundo este senhor, já se deslocou para uma divisão entre os que compreendem as novas metáforas de comunicação, e os que não as compreendem…
Mal consigo pensar no que quero pensar. Os meus pensamentos foram substituídos por imagens em movimento. As minhas partes fluídas estão a solidificar. As imagens são, na maior parte das vezes, entendidas mais rapidamente do que os textos; a memorização das imagens é melhor do que a das representações verbais; os raciocínios espontâneos utilizam a simulação de modelos mentais, frequentemente imagéticos, muito mais do que cálculos (lógicos) sobre cadeias de caracteres; as representações icónicas são independentes das línguas e por isso eliminam as dificuldades de tradução. As imagens, muito mais do que a escrita e a fala, têm o poder de evocar a multiplicidade de visões e de leituras dos seus significantes e significados. Não quero fazer parte dos analfabetos da imagem. Para isso, os discursos áudio-visuais devem procurar ultrapassar os limites dos audiovisuais clássicos, incorporando nas suas características o potencial interactivo, conectivo, colectivo, hipertextual e plurissignificativo já presentes virtualmente nas novas tecnologias de informação e comunicação.
Os objectos tornaram-se sinais em mutação perpétua no seu contexto paradigmático. Sou um coleccionador de factos e ideias rapidamente acessíveis no disco duro do meu computador e na WWW. Qualquer lugar está tão instantaneamente acessível como qualquer outro lugar. É como uma clausura sem profundidade nem horizonte. Já não há grandes espaços nem vastidão que garantam o meu tempo de reacção aos eventos, possibilitando uma reflexão crítica que me leve a melhores decisões.
Nem me consigo lembrar do que quero esquecer. Este estado de anestesia e distracção coloca-me indubitavelmente em plena modernidade. Distracção e absorção. Ou imersão.
É urgente e necessário desenvolver a poética, a estética e a ética da base de dados na sua relação conflitual com a narrativa, já que os algoritmos, de certa forma, replicam a própria narrativa. A ontologia do computador projecta-se na própria esfera cultural.
Admirável mundo novo.
Zé Pedro, isto parece um pedido de SOS! 🙂
Como eu te compreendo! é muita informação, muitos estímulos diariamente a desviar a nossa atenção! o mundo da informação corre cada vez mais rápido, e parece que só os Americanos e Chineses o conseguem acompanhar! os primeiros porque são muito produtivos os segundos porque conpemsam com esforço e dedicação!…
Passamos grande parte dos nossos dias IMERSOS! em qualquer coisa: TV, telemóveis ou simplesmente em pensamentos!
Zé Pedro, isto parece um pedido de SOS! 🙂
Como eu te compreendo! é muita informação, muitos estímulos diariamente a desviar a nossa atenção! o mundo da informação corre cada vez mais rápido, e parece que só os Americanos e Chineses o conseguem acompanhar! os primeiros porque são muito produtivos os segundos porque compensam com esforço e dedicação!…
Passamos grande parte dos nossos dias IMERSOS! em qualquer coisa: TV, telemóveis ou simplesmente em pensamentos!
Era só um requiem pelos infoexcluídos 🙂 Já o eram antes de o ser.