Portugueses adeptos do Messenger

Oito em cada dez jovens utiliza sistema de mensagens instantâneas da Internet

Quase 80 por cento dos jovens portugueses entre os 12 e os 18 anos utilizam sistemas de mensagens instantâneas da Internet, o conhecido Messenger. Seis em cada dez fazem-no frequente e muito frequentemente e admitem passar horas à conversa no computador. As conclusões são de um estudo do Centro de Investigação em Ciências da Comunicação da Universidade do Algarve, a que a agência Lusa teve acesso.
De acordo com o estudo, 77 por cento dos jovens daquela faixa etária são adeptos deste sistema, que possibilita uma conversação gratuita e em tempo real.
“Há uns anos dizia-se que as novas tecnologias iam isolar as pessoas, mas a realidade é que os jovens usam a Internet sobretudo para comunicar uns com os outros”, disse à Lusa investigadora da Universidade do Algarve e coordenadora deste estudo, Neusa Baltazar.
Para a docente, o Messenger permite satisfazer uma grande necessidade de comunicação sentida pelas crianças e jovens, sobretudo nas grandes cidades, onde actualmente são cada vez mais raras as “brincadeiras de rua” com os amigos.
Os jovens consideram muito importante estar sempre em contacto com os colegas e deixam o Messenger ligado, mesmo quando não estão em casa, para assim poderem ler o que lhes escreveram durante a sua ausência.
A pesquisa, realizada através de 650 inquéritos, confirma que a maioria dos jovens utiliza o Messenger para falar com amigos, mas 11,4 confessam conversar até com pessoas que não conhecem, depois de obterem os seus e-mails através da Internet, por exemplo a partir de jogos em rede.
A taxa de utilização do Messenger varia consoante o sexo e a idade, atingindo o pico entre os 17 e os 18 anos, no caso dos rapazes, e entre os 14 e os 16 no caso das raparigas.
Com Lusa

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