No seguimento do post anterior sobre a co-produção luso-espanhola em cinema de animação, cheguei a um artigo – via 7.5th floor – sobre a cidade de Barcelona e a sua capacidade de atrair jovens na àrea da criatividade.
É interessante verificar que este artigo saiu na revista de uma das companhias low-cost de maior sucesso actualmente, a Easyjet, mas há uma razão para tal!… estudos apontam para um impacto enorme no desenvolvimento turístico, cultural e económico das cidades a partir do momento em que companhias low-cost começam a servir os seus aeroportos. Barcelona já era uma cidade apetecível pelos jovens, com o fenómeno de companhias como a Ryan Air, Easyjet, Flymonarch, etc, Barcelona ganhou mais uns milhões de visitantes por ano – dos quais alguns decidiram ficar!.
É óbvio que não apenas esse factor influiu para que Barcelona seja o que é hoje em dia! o Barcelona Media Parque com universidades e empresas aí instaladas é um dos pilares desta revolução.
Fico triste de verificar que em Portugal ainda se discute muito em torno de novos aeroportos ou ampliações dos actuais – eu prefiro a segunda hipótese. Já era tempo de se dar condições às companhias low-cost de aterrarem em Lisboa com preços competitivos. E não duvido que uma obra como a Casa da Música no Porto – que muitos já apontam como uma obra ao nível do museu Guggenheim de Bilbao – tem o seu futuro assegurado muito graças à RyanAir e outras companhias que já voam para o Porto.
Eventos desportivos e culturais como a Expo98 e Euro2004 não foram suficientes para “catapultar” a cidade de Lisboa. Perdemos a organização da America’s Cup para Valência, mas vamos ter o rali Dakar a iniciar em Portugal em 2006… a ver vamos!