Ao que parece, assemelha-se a uma lufada de ar fresco na forma como os utilizadores se relacionam com os computadores, sobre a nova “feature” do Mac Os Tiger os autores do artigo afirmam: “The way Spotlight transforms the computing experience is akin to Google’s effect on the web…” Com o novo Tiger da Apple os ficheiros deixam de ser arrumados hierarquicamente em pastas e sub-pastas numa arrumação racional da informação.
O meu velhinho iMac já não deve aguentar o Tiger!
Ao navegar pelos meus Blogs preferidos encontrei este artigo no NOGOME, que fala do problema de categorizar, e que vem no seguimento da nova feature do Tiger:
“quanto mais categorizamos, menos retemos e logo menos conhecimento possuimos acerca do que categorizamos. Quanto mais categorizamos, mais atenção prestamos ao categorizado porque não nos é fácil posicionar dentro de um modelo mental que combine a necessidade de arquivar com a inevitabilidade do esquecimento.”
Como isso é verdade ! Mas o que mais me impressiona é o cuidado, a “delicadeza” com que o “finder” do Mac está a ser tratado. Apesar das metáforas canibais (…mais um prego no caixão do finder), apesar do reconhecimento da obsolescência, apesar da existência de melhores soluções, apesar de, de, de, a questão fundamental é não assustar o utilizador. Assim o finder só desaparecerá, na forma que lhe conhecemos há anos, com o futuro OS11, dentro de uns dois anos. Que contraste com a cavalgada heróica que andamos a estudar rumo aos ambientes de realidade virtual ! Dá que pensar. Afinal as coisas não vão andar tão depressa quanto muitas vezes pensamos. Até parece que a indústria não deseja acompanhar o ritmo dos sonhos dos visionários.
Zé Pedro, tu és o único com coragem para inserir uns comentários na nossa pequena comunidade…
as pessoas têm medo de tornar públicas as suas opiniões!?
Bem, sobre o finder, tenho pena que a indústria não evolua mais rápido tendo que respeitar regras de mercado por vezes duvidosas, mas enfim, vou aguardar!
Não acho que se trate de coragem ou falta dela. Há gente que precisa de arejar as ideias, outra nem por isso. Há quem coloque as coisas em questão e quem as aceite como elas vêm. É uma questão cultural e também uma questão geracional. Há quem viva em torre de marfim e quem goste de deitar conversa fora. Mas sobretudo isto desmente um pouco aquela ideia de que cada um de nós vive no centro do hipertexto, sistematicamente ligado. A ser verdade, não o é para todos. Ou nem todos se dão conta disso. E é daquelas situações deprimentes de constatarmos que não é pelo facto de publicarmos que somos lidos.
Na semana passada festejou-se o sétimo aniversário da página de um amigo meu onde colabora uma série de pessoal da publicidade (www.truca.pt). Nos primeiros meses ele sofria angústias horrorosas por ter 10, 15 visitas por semana. Mas nem por isso desistiu de publicar as estatísticas. Hoje, tem 1000 a 1500 visitas por semana, de várias partes do mundo e uma página aberta a voluntários. Está feliz.